Oi amorecos, então, hoje venho falar de um livro que embora tenha fugido da literatura brasileira e não tenha me surpreendido taaaanto quanto imaginei ser surpreendida, gostei bastante.
Por se tratar de uma história de vida fantástica, com personagens pra lá de fofos e situações muito similares à realidade de pessoas com algum tipo de deficiência, ou que tenha algo diferente do “todo”.
August Pullamn ou Auggie como todos lhe chamam, um garoto de 10 anos, super educado, inteligente e apaixonado pelo Star Wars, e que por conta de sua genética, nasceu com uma deformidade no rosto, devido à alguns fatores, dentre eles uma doença chamada “diostose bucomaxilofacial”.
Ele narra isso de maneira muito sincera e engraçada por vezes:
“... Não importa o que você esteja pensando, porque
provavelmente é pior... Sei fingir que não vejo as caretas que as pessoas
fazem. Nós todos ficamos muito bons nisso: eu, mamãe e papai e Via...”.
Por conta de sua “deformidade” seus pais resolvem lhe ensinar em casa, no entanto, é chegada a hora em que decidem colocá-lo numa escola, afinal eles não serão eternos, e Auggie precisa
aprender a “viver e encarar a sociedade” e mais do que isso, mostrar aos seus
pares que apesar de sua aparência incomum é um garoto tão normal quanto a todos
os outros.
A partir de então ele passa a vivenciar momentos em que terá
de mostrar sua teoria de que “...deveríamos ser lembrados pelas coisas que
fazemos. Elas importam mais do que tudo. Mais do que aquilo que dizemos ou do
que nossa aparência...”, afinal, terá de conquistar através do que é a
aceitação, compaixão e respeito dos outros, que por vezes não estão acostumados
a lidar ou viver com um garoto com o rosto “deformado”.
Essa batalha não será
nada fácil (confesso que tiveram momentos que chorei de raiva do preconceito
humano).
O livro é narrado sob a perspectiva de vários personagens,
como sua irmã Via, seus amigos Summer, Jack, Justin e Miranda, cada um
colocando seu ponto de vista a respeito da aceitação ou não da deformidade de
Auggie.
Dentre tantas lições, esse livro e a história desse
garotinho, nos faz pensar em quantas vezes reclamamos sem pensar que existem
situações bem piores da que estamos vivendo, como nos preocupamos com coisas ‘fúteis” enquanto existem
pessoas passando por situações mega ruins e mais do que isso, como às vezes
deixamos de praticar o bem por medo de ser tachado.
Diferente dos livros de
bullying que já li, esse mostra um garoto que superou os “defeitos” que faziam
com que as pessoas o julgassem, transformando-os em elementos para seu
crescimento e crescimento de todos a seu redor. Seja através das diversas vezes que resolve chorar sozinho, das coisas que é obrigado a ouvir e sofrer calado, ou até mesmo das perdas que a vida lhe impôs.
