Homem que chora é um livro “autobiográfico”, do meu amigo Paulo Siqueira (por diversas vezes tive que me policiar nesta resenha para não trocar o nome do personagem pelo do autor rs!!!), capaz de emocionar através de seu jeito simples e singelo de escrever, além de ser uma homenagem feita aos seus filhos Willian (já falecido), Gabriela e Manoela.
Narra a história de João
e Maria, personagens estes que foram colocados numa situação de vida
emocionante e triste ao mesmo tempo.
“...Esta é uma história de amor, é uma homenagem à vida, pois a vida pode ser muito mais que um momento entre o nascimento e a morte...” (Paulo Siqueira)
João criado por
pai que sempre lhe impunha dizendo que homem
não deveria chorar em hipótese alguma, mas a vida lhe colocou frente a situações
totalmente contrárias, onde num momento via a felicidade resplandecer e noutro
as tristezas arrancar lágrimas, mesmo dele, que sempre se mostrava um homem
forte e que não chora.
João coloca seus pensamentos, angústias e rancores de forma tão real que por vezes sentimos aquele nozinho na garganta e a vontade de chorar junto com ele.
João coloca seus pensamentos, angústias e rancores de forma tão real que por vezes sentimos aquele nozinho na garganta e a vontade de chorar junto com ele.
Maria, moça
simples e determinada, que passa junto com João pelos percalços da vida de
maneira esplendorosa.
“O sorriso e a espontaneidade
daquela menina pouco a pouco conquistavam João. Enquanto o jeito triste e
distante dele era o que mais chamava a atenção de Maria”.
Há também a mãe de João (Dona Raimunda) que demonstra-se uma doçura de mãe, fazendo de tudo
quanto possível para manter-se próxima de seu filho, por vezes nos fazendo rir
com suas falas:
“...Eu vou, mas depois a senhora
para de me alugar?... O que é alugar Duda?... Alugar é ficar mandando fazer as
coisas... Ah, então eu vou te alugar até morrer...”.
Tem também Willian, o mais pequenino de toda a história, e
que não vou entrar em muitos detalhes porque acho que vocês devem ler esse
livro lindo, mais através deste, foi possível perceber que João e Maria
amadureceram muito e viram um outro lado da vida, que nem mesmo eles imaginavam.
O cenário da história é em São Paulo e o autor descreve os
“becos” do centro da cidade de maneira gostosa de ler, ainda mais aos que já
tiveram a oportunidade de passar pelos locais que ele descreve como: Vale do
Anhangabaú e bares da cidade, fica muito mais realista ainda a história. Além
disso, não sei se foi intencional, mais o autor não só homenageia seus filhos,
mais também seus amigos, pais e a mãe de seus filhos de forma muito sincera e
emocionante, e provavelmente você também deixará uma lágrima cair.
