Primeiramente deixa-me deixar umas coisas claras aqui. Não
sou gordo. Pelo contrário, sou extremamente magro. Devem estar se perguntando
por que um homem (magro) leu esse livro para “gordinhas”?
Porque não acredito em estereótipos.
Porque odeio quando dizem que determinado livro é para
determinado gênero.
Porque sou DoContra.
Minha história com esse livro é cômica. Não sabia do
conteúdo, comprei juntamente pela capa. E quando fui ler a introdução, quase
morri de rir. Tinha acabado de comprar um livro de crônicas para mulheres acima
do peso.
E foi exatamente quando li a palavra “mulheres” que decidi
ler o livro de capa a capa. Por que só para mulheres? Por que tem um publico
especifico? Não existem homens acima do peso que passam pelo mesmo? Não existem
homens que possam se identificar com as crônicas? Não existem homens que se
magoam ao se olhar no espelho? Não existem homens que se afundam em comida
quando bate a tristeza? Eu exijo que algum homem na face dessa terra escreva um
livro sobre como é ser gordo! Eu já disse que odeio estereótipos? Pois é eu
odeio. Pra mim é preconceito literário e pronto.
Fora o “público” definido eu adorei o livro!
Clarissa Corrêa é
escritora, redatora publicitária e gordinha assumida. Após eliminar 40 indesejados
quilos de seu corpo, Clarissa transmite em seu livro o dia-a-dia de
uma mulher acima do peso. As loucuras assumidas. As dietas seguidas. As
angústias constantes. O amor próprio.
“Sabe aquele dia em que nada cai bem? Vivo
esse dia todos os dias”
Okay. Depois dessa frase não sei se conseguiria terminar o
livro. Não queria chorar. Mas queria entender o universo de pessoas assim. Não
sou gordo, nunca passei dos 65 kilos, não sei como é viver lutando para
eliminar aquilo que comeu. Mas acima de tudo, não tenho preconceito. Porque é
extremamente bom comer! Comer é maravilhoso! E se privar dessa maravilha deve
ser muito dolorido. Não estou dizendo que são privados daquelas comidas
suculentas para sempre. Você que faz dieta sabe o quero dizer. Não sou
especialista no assunto “acima do peso”, mas sei o que é se odiar por NÃO
GANHAR PESO.
Gordo. Magro. São coisas distintas, mas ao mesmo tempo
totalmente ligadas. É uma guerra que todo mundo passa. É uma batalha contra o
espelho todos os dias. Por que não engordo? Por que não tenho bunda? Por que
nunca emagreço? Por que meus dentes são
assim? Por que meu cabelo é “ruim”? Por que tenho celulite? Por que não tenho
peitos maiores? Por que tenho tanto peito? POR QUE PERGUNTAMOS O PORQUÊ DAS
COISAS?
“As pessoas não tem a obrigação de vestir a
perfeição, mesmo porque ela não existe e nunca vai existir”
Em Tudo que se perde, tudo que se ganha, Clarissa nos ensina
a coisa mais importante de tudo: Se amar.
“Eu, de preto, arraso quarteirão, abalo
Bangu, uhu”
Tem coisa melhor que a autoestima? Que se sentir feliz
consigo mesmo? É o passo essencial para a felicidade. Se amar e se sentir bem
consigo mesmo. Se ser acima do peso não te deixa feliz, corre atrás do
prejuízo! Mas se você se sente feliz assim, danem-se os comentários! Ninguém
paga suas contas. Agora não vamos entrar no quesito saúde se não isso aqui vai
longe demais.
As crônicas não são extensas, no máximo cinco páginas. Você
dá risada. Você para pra pensar na maldade humana. Você entende. Você se
identifica. Você ama o livro.
Se ame. Se respeite. Respeite. Entenda. Não julgue. Não ria
dos outros. Faz o que te faz bem. Não sofra por comentários. Não tente ser quem
não é.
Se ame.
Se ame muito.
Se ame muito mesmo.
Lucas ❤ estou aqui me perguntando onde conseguiu um batom haha, que foto linda.
ResponderExcluirQue resenha foi essa? Eu chorei aqui. Não sei se percebeu mas eu também sou magra ao extremo e tem aqueles olhares das pessoas, um dia me incomodaram. Talvez ainda incomode.
Odeio quando dizem que um livro é pra determinado tipo de gênero, por que um homem não pode ler A Seleção? Han? Desnecessário.
Amei o post, to aqui sofrendo e precisando desse livro. Você sabe que sempre arraza ❤
Blog Cupcakeland
Amei o livro Ka! Espero que você também goste <3
ExcluirOi, Lucas! A capa desse livro é tão fofinha! Eu conheço o trabalho da Clarissa há muitos anos e sempre gostei das crônicas dela, mas desconhecia essa "luta" dela com a balança. A ideia de colocar isso nas crônicas, e ainda como esse tom de humor, deve ter tido um resultado ótimo, ela escreve muito bem.
ResponderExcluirBeijos, Entre Aspas
Um resultado excelente, só conheci Clarissa após o livro mesmo. Mas já admiro <3
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