Sempre fui um eterno fã dos filmes de Harry Potter, e isso
acabou por me trazer um pouco de medo de ler os livros e acabar tendo receio
dos filmes no final da leitura. Não queria que a magia toda que eu sentia ao
ver Daniel Radcliffe em ação simplesmente sumisse por desapontamento.
Após muitos anos de maratonas dos filmes, aos meus dezoito
anos de idade, decidi me entregar as páginas escritas por J.K. Rowling e
conhecer cada detalhe magnifico que foi introduzido na obra.
J.K. Rowling simplesmente quebra os tabus que dizem que
“literatura boa” é aquela que introduz palavras de difícil compreensão e que
exige do leitor um maior conhecimento da língua. A leitura é extremamente
relaxante e fácil de ser compreendida. A conexão de J.K. com as personagens é
nítida na narração. O uso de apelidos ao se referir a determinado personagem
(como Mione) deixa o leitor maravilhado e mais conectado com Hogwarts do que
nunca.
Em a Pedra Filosofal conhecemos um menino adotado por tios,
que dorme debaixo da escada e tem sérios conflitos com seu primo Duda. Até
certo ponto tudo se encaixa na nossa realidade com facilidade, mas Rowling
introduz o mundo da magia aos poucos e quando percebemos estamos totalmente
dominados e apaixonados por um universo que de certa forma é a solução de tudo.
Não vou resenhar cada livro da saga. Acho que o mundo de
Harry Potter está aberto há muito tempo (e que continue assim) e com certeza
cada pessoa que está nesse universo literário já ouviu falar ou leu HP. Esse
pequeno texto apenas expressa a opinião de um apaixonado pelos filmes em
relação aos três primeiros livros que até agora pude ler.
“Porque é isso que Mione faz. Quando tiver uma
dúvida, vá à biblioteca”
Conhecer Hogwarts junto com Potter trouxe a tona um
sentimento de aprendizagem, mesmo que já tinha visto tudo aquilo, era como se
tudo fosse novo. Cada senha da Torre de Grifinória, cada aula, cada partida de
quadribol, cada feitiço, tudo me fez sentir realizado e empolgado.
O resultado da taça das casas em a Pedra Filosofal foi a
parte que mais me emocionou.
Dumbledore pra mim é o segundo melhor personagem
que Rowling criou. Sua maestria, seu jeito de ver as coisas, sua sabedoria, sua
justiça e suas palavras criam uma ligação muito forte com o leitor. E isso faz
com que uma confiança enorme transborde na história. E nada mais justo que
Dumbledore ser acompanhado de Fawkes (a fênix), que mesmo dentre das cinzas
ressurge sua força.
A CÂMARA SECRETA FOI
ABERTA,
INIMIGOS DO HERDEIRO,
CUIDADO.
“Hermione Granger e a câmara secreta”.
Definitivamente
Hermione fez tudo no segundo livro da saga. Poção polissuco, murta que geme, abertura
da câmara, identidade do monstro (basilisco), entre outras coisas. Mas não por
ser minha personagem favorita, mas por representar a inteligência em pessoa.
Mesmo que muitos não a suportam por sua obsessão com estudos e regras, ainda a
acho a estrela de Hogwarts (principalmente depois do vira-tempo).
“Dobby está
acostumado com ameaças de morte, meu senhor. Em casa, Dobby as recebe cinco
vezes por dia”.
“Harry Potter
sobreviveu, e o poder do Lorde das Trevas foi subjugado, e raiou uma nova
alvorada, meu senhor, e Harry Potter brilhou como um farol de esperança para
todos nós que achávamos que os dias de trevas nunca terminariam”
Não me contive de emoção ao me deparar com Dobby em
pensamentos. O elfo doméstico de Lúcio transpassa seu sofrimento e faz do
leitor vitima de sua escravidão aceita. E realmente existem pessoas nesse mundo
real, que aceitam sua escravidão e acham que está tudo certo. Mas não está. E
Harry demonstra tal sentimento quando prega sua liberdade e busca a liberdade
de Dobby.
Além de Dobby, em a câmara secreta surgem dois personagens
que me chamaram a atenção. Primeiro Colin Creevey, um fotógrafo obcecado e fã
de Harry. Eu de certa forma entendo Collin e me identifico com ele. A busca
pela atenção do seu ídolo é normal (Se por um acaso eu estudasse com Emma
Watson o mínimo que faria era tirar dezenas de fotos).
O segundo é nada menos que o personagem mais insuportável
(espero menos que Dolores não seja pior) e intolerante de todos os tempos:
Gilderoy Lockhart. Recuso-me a escrever mais linhas sobre esse homem que só me
fez ter nojo das aulas de Defesa contra as artes das trevas. Sua fama realmente
me angustiou e sem duvidas sua participação foi a pior parte de A Câmara Secreta.
Os dons que Harry descobre ao decorrer dos livros são
impressionantes e ser ofidioglota (falar e entender a linguagem das cobras) foi uma cartada fantástica de Rowling (não
sei como ela consegue ser tão incrível). O Diário de Tom Servoleo Riddle não
fica para trás no quesito “coisas fantásticas”. Quem mais te daria respostas
tão completas em forma de escrita além de Riddle? J.K. Rowling claro!
Queria muito ter lido mais sobre Godrico Gryffindor, Helga
Hufflepuff, Rowena Ravenclaw e Salazar Slytherin. São personagens de suma importância e acho
essencial saber um pouco mais de suas histórias. Eu pelo menos ainda estou com água
na boca.
O Terceiro livro da saga me faz amar mais ainda Hermione.
Quem em plena consciência usaria um vira-tempo para estudar todas as matérias?
O Prisioneiro de Azkaban me fazia almejar cada vez mais o
seu final. Não conseguia me conter ao ler sobre Sirius Black e descobrir partes
do passado de Severo Snape.
Nesse mundo de bruxos, declaro que meus professores
favoritos são Remo Lupin e Sibila Trelawney. Minha casa é Grifinória
(finalmente decidi entre Gryffindor e Slytherin) e desejaria que meu patrono
fosse um Lobo.
Estou realmente encantado com os livros e não vejo a hora de
começar O cálice de fogo, que, aliás, é meu filme favorito da franquia. Para
quem só viu os filmes, deixo claro que os livros também são extraordinários e
que a falta de detalhes não deixa o filme pior. Termino esse breve texto aplaudindo J.K. Rowling, assim como Dumbledore.
J.K. nos deu uma meia de presente e
até hoje estamos libertos.