
Alguns
pontos místicos e sagrados são apresentados na obra dentre eles: Jerusalém com sua Cúpula do Rochedo
(Santuário dos Mulçumanos), o Muro das Lamentações, o Santo Sepulcro; Egito e
sua Sinagoga, a Mesquita e mesmo as suas famosas Pirâmides, ou o Rio Nilo; a Itália
com o Vaticano; Benares e sua mesquita; Tibet e o templo tibetano; Índia;
China; Istambul; Africa; Brasil; além de túmulos, mares e muitos lugares maravilhosos. Locais esses que Théo vivencia as mais diversas experiências religiosas da vida.
A obra é recheada de deuses gregos – explicações e
esclarecimentos acerca da história desses deuses, seus túmulos e etc.
O modo como a autora vai explicando
as religiões, através de seus personagens é muito claro, objetivo e de fácil
entendimento, colocarei algumas explicações que mais me foram esclarecedoras e
interessantes:
“- Nossa prática – disse o iogue – concerne ao conhecimento. A
palavra ioga significa “jugo”, isto é, a peça rígida que une
os dois cavalos de uma carroça. A carroça
é o seu corpo; os cavalos, suas
emoções; o cocheiro, seu pensamento;
e as rédeas, sua inteligência. A
ioga procura manter firmemente e parelha de cavalos sob o jugo, conduzindo-os pelo pensamento.”
Além disso, Théo é um garoto muito
inteligente e nos faz rir várias vezes, com seu jeito irônico e ao mesmo tempo
inocente e ao mesmo tempo refletir se suas palavras, mesmo que inocentes não são verdadeiras:
Como quando ele descreve Jesus para sua Tia Marthe: “- Claro! Ele nasceu num
estábulo entre o burro e o boi, sua mãe era a Virgem Maria, e seu pai José, o
carpinteiro, só que seu pai de verdade era Deus. O resto é mole: ele morreu,
ressuscitou e se mandou pro céu”.
Outra coisa legal na obra é a
explicação dos amuletos e ainda algumas frases que nos faz pensar na vida da
gente mesmo:
Foto
de: Folha da Manhã Online
Flor de Cerejeira: “Como nos dias
de nossa vida vai-se a flor da cerejeira -...– É um momento efêmero,
maravilhoso, resplandece de brancura, no instante seguinte não existe mais.
Pétala após pétala, ela morre, o vento expulsa, como nós...” – “... como a flor
de cerejeira. Ela se vai... Mas sua lembrança é eterna”
Benefício do Sofrimento: “Claro, é
difícil acreditar. Você vai conhecer a tristeza e, depois, um belo dia, a calma
se instalará. No começo, vai perder o apetite, não vai ver nem as árvores nem
as flores, até o dia em que, sem saber por que, acordará revigorado. Olhará à
sua volta e perceberá que a vida continua e que, superada a prova, você está
mais forte do que antes”.
“Qual é o momento em que “tu e eu” não estão mais entre duas
pessoas”: “O momento do amor -...- quando duas
pessoas se amam tanto que não constituem mais que um só todo”
Para finalizar o meu relato deixo as
palavras do lindo personagem Theo e uma coisa que ouvi na faculdade:
“... Vejo as religiões como galhos de uma árvore. Uma só árvore
grande, com raízes subterrâneas que correm sob a Terra inteira... Depois o
tronco sai da Terra, bem reto, bem limpo. A árvore é um baobá da África, porque
pode-se gravar em sua casca o que bem se entender. Leia você mesma: Deus existe
para o bem do homem. É o que está escrito no tronco”.
"Nenhuma verdade é absoluta"
